quarta-feira, 18 de maio de 2011

Masturbação: como abordar o assunto com os adolescentes


Masturbação na adolescência

A sexualidade não tem idade para ser descoberta. Ainda na infância, é comum ver as crianças tocando em seus órgãos reprodutores. 
 Não no sentido literal, já que elas nem sabem o que é masturbação. Mas na puberdade, nasce o desejo quando há o toque.
Esse processo de descoberta do corpo é natural, mas precisa ter limites. É aí que entra a ação dos pais. "Se o adolescente passa muito tempo se masturbando, deixa de fazer outras coisas legais que são próprias para a idade dele, é preciso atenção. Os pais devem mostrar para os seus filhos que existem outras formas de diversão, que não só o toque do corpo", comenta Marcos Ribeiro, coordenador geral do Centro de Orientação e Educação Sexual (CORES), no Rio de Janeiro, e autor do livro "Conversando com seu filho adolescente sobre sexo" (Editora Planeta).
O que acontece é que muitas vezes os pais não sabem como introduzir o assunto dentro de casa. Alguns por medo, outros por crenças rígidas e outros ainda porque não tiveram este bate papo na época em que eram adolescentes. "A conversa deve começar quando aparecer uma cena na televisão, quando um programa de rádio tocar no assunto ou durante uma leitura sobre gravidez na adolescência, por exemplo. Independente do pretexto, é fundamental que o tema seja discutido primeiro dentro de casa", orienta Marcos.
E lembra: "Os pais devem sempre orientar os seus filhos sobre os perigos de outras pessoas tocarem seus corpos. Os genitores não podem ter medo de falar sobre isso, uma vez que a função deles é proteger. São medidas como esta que ajudam a prevenir abusos, estabelecer confiança entre pais e filhos e aumentar o vínculo".
Para se masturbar, algumas pessoas imaginam situações de prazer, recorrem às revistas ou assistem aos filmes. Com os adolescentes é a mesma coisa. Eles buscam publicações e assistem aos vídeos na casa dos colegas. Porém, Marcos orienta que os pais não podem incentivar estas práticas. As descobertas precisam ser feitas pelos próprios filhos.
"Na verdade, os genitores devem fazê-los entender que a sexualidade nas revistas e nos filmes é mostrada de forma distorcida e que não pode ser comparada à realidade. Assim, quando eles tiverem acesso a esse material terão outra visão e perceberão que o homem com o pênis muito grande ou a mulher que tem muitos orgasmos foge um pouco da realidade. Nem todo mundo é assim. Agindo dessa forma, evita-se que os filhos fiquem frustrados e encontra-se mais uma maneira de orientação e de vínculo".

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